Desvendando o TEA

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MODELO DE RESUMO

Abordagens Atuais e Desafios Neurobiológicos no Transtorno do Espectro Autista: Uma Revisão Consolidada

Lúcios de Almeida¹, Igor Antunes¹

¹Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Alludans

Introdução O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento definida por déficits persistentes na comunicação social e interação, acompanhados por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. A prevalência do TEA é globalmente significativa, com estimativas atuais de 1 em cada 36 crianças nos Estados Unidos, sendo quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. Embora a etiologia seja multifatorial e ainda não totalmente conhecida, a genética desempenha um papel predominante, e a condição não está relacionada a vacinas. O diagnóstico precoce é crucial, pois a intervenção precoce melhora significativamente os resultados funcionais na idade adulta.

Objetivos Revisar as evidências científicas mais recentes sobre os fatores etiológicos do TEA, as principais manifestações neurobiológicas e a eficácia das intervenções terapêuticas baseadas em evidências para o desenvolvimento de habilidades sociais e adaptativas.

Metodologia Trata-se de uma revisão de literatura baseada em evidências, utilizando dados e consensos de organismos internacionais de saúde e pesquisa (como o DSM-5, CDC e grandes revisões sistemáticas). A análise focou em estudos que detalham as alterações na conectividade cerebral, a disfunção de neurotransmissores (como GABA e glutamato) e a eficácia do Applied Behavior Analysis (ABA) e de terapias de fala e linguagem, ocupacionais e físicas como as principais modalidades de tratamento.

Resultados O TEA manifesta-se por alterações na comunicação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. As bases biológicas indicam alterações na conectividade sináptica e diferenças estruturais em regiões cerebrais associadas ao processamento social. A intervenção psicológica, que inclui a terapia comportamental (como o ABA), é consistentemente validada como a mais eficaz para minimizar comportamentos difíceis e maximizar habilidades sociais e adaptativas. Intervenções farmacológicas são frequentemente usadas para tratar condições relacionadas (como ansiedade e TDAH), mas não o TEA em si.

Considerações Finais O Transtorno do Espectro Autista é uma condição complexa com forte base neurobiológica, exigindo uma abordagem de tratamento integrada e multidisciplinar. A intervenção precoce e o suporte contínuo, centrados em terapias comportamentais e de desenvolvimento, são a chave para promover a independência e melhorar a qualidade de vida. É fundamental continuar investindo em pesquisa para aprimorar as estratégias de diagnóstico e intervenção, dada a crescente prevalência e a variação individual do impacto funcional do TEA.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Autismo, Comunicação Social, Intervenção Precoce, Neurodesenvolvimento